Gentil Flores – 1.08, figura marcante no seio da família e na sociedade, sua vida foi cheia de atos ousados — alguns condenáveis, muitos elogiáveis.
Em Itambé, foi pioneiro em algumas ações, como o telefone, o carro, a fotografia, a estrada de rodagem, entre outros. Foi também prefeito (intendente na época) do município de Encruzilhada.
Proprietário de uma das maiores e melhores fazendas da região de Itambé, a “Barro Vermelho”, com mais de cem agregados, criando centenas de cabeças de gado da melhor qualidade, esteve, no entanto, sempre envolvido em questões de terras, tendo inclusive respondido a processo judicial em uma dessas disputas pela posse de muitos alqueirões nas redondezas de Itambé.
Dotado de boa cultura, boa saúde e bom humor, estando sempre alegre e sorridente, sua presença era agradável, não só pela fluência nos assuntos, mas também pela simpatia na comunicação.
Tendo se separado extrajudicialmente de Ana Tereza Ferraz, iniciou outros relacionamentos e uma sequência de bons negócios, principalmente na compra de fazendas em Minas Gerais.
Mas, após alguns anos, entrou num processo de desconstrução da sua fortuna, até chegar à condição de simples aposentado rural de salário mínimo e uma casa modesta em Cândido Sales, onde viveu até os 93 anos de idade, com sua terceira companheira.
Em toda essa trajetória, nunca perdeu o bom humor, estando sempre alegre e sorridente. Segundo ele, essa vivência, da fortuna ao salário mínimo, era uma glória que enfeitava sua reta final.
Do seu casamento e dos relacionamentos seguintes, foram gerados 28 filhos, tornando-o o campeão em paternidade da FAMÍLIA FLORES.
Saravá, Gentil!
Moacyr Flores